História e Cultura Afrobrasileira

MEDOLOGIA Afrodescendente DE PESQUISA (*). [1]

Henrique Cunha Jr.

Todas as pessoas, todas as coisas e todos os lugares Têm como parte de suas NTU, na concepção do mundo banto. Tomando esta idéia do pensamento africano inferimos que: todas a pessoas, todas as coisas e todos os lugares Possuem uma parcela de conhecimento. Assim, a nossa postura de um e Investigação Científica da troca de conhecimento como estas com estes lugares e pessoas que são ambientes da nossa pesquisa participante.

1 -- A produção de conceitos ea produção do concreto.

A pesquisa em Territórios de Maioria afrodescendentes vem sendo realizada de forma sistemática nos últimos 30 anos por uma geração de pesquisadores negros que tem trabalhado com um conjunto novo de conhecimento para um africano vindo cultura ocidental do Conhecimento e Afrodescendente.

O meu esta interesse particular na intervenção na realidade e na transformação social, cultural, econômica e política das relações étnicas brasileiras. A minha preocupação fundamental é com uma situação de vida, nos seus diversos aspectos, da População Afrodescendente. Esta situação de vida Trata-se de um problema estrutural da sociedade brasileira que especifico em particular maneira Afeta e uma população afrodescendentes. Sob enfoque das afrodescendências como temos conduzido nossas pesquisas não universitário campo. Parte destas pesquisas tem o teor da Produção de conceito e métodos que seguem neste texto que tem como Finalidade Apresentar uma síntese do metodologia desenvolvida. A nossa ênfase é a da produção de conhecimento que Permita uma intervenção nas situações de caráter estrutural que moldam a vida da população Afrodescendente. Visa uma autonomia do pensamento dos afrodescendentes Relação com um eurocentrica produção ocidental. Trata-se do processo da produção de conceitos e de metodologias dentro de um projeto cientifico de expressão das afrodescendências com Finalidade de uma mudança das relações sociais brasileiras. Inscreve-se no Âmbito dos Movimentos Sociais de Maioria afrodescendentes. Entretanto um guarda Particularidade da procura de inspiração africana nenhum conhecimento de base.

Os estudos sobre a população Afrodescendente realizados por afrodescendentes ganharam amplitude a partir de 1980, possivelmente como parte de um projeto político dos movimentos negros. O final da década de 1960 e inicio de 1970 se caracterizou por uma retomada dos movimentos negros nos diversos estados do país (CUNHA JUNIOR, 2003), ampliando uma critica sobre as relações sociais e criticando as produções de conhecimento feitas por pesquisadores eurodescendente com conceitos ou apenas eurocentricos. As pesquisas sobre as populações afrodescendentes, sobre os temas de interesse destas populações Tiveram grande impulso Devido a critica social realizado pelos movimentos negros e também em razão processo implementado pelos movimentos negros denominado por Amauri Mendes Pereira (PEREIRA, 2000) como Cultura de Consciência Negra. Devemos destacar que uma produção de conhecimento sobre a população afrodescendentes sempre foi impulsionada pelos movimentos sociais de Maioria Afrodescendente. Desde o inicio do século passado os movimentos sociais de maioria é afrodescendentes seus intelectuais tem tido o pioneirismo da Instauração desta área do conhecimento. Seguidos depois por acadêmicos em número reduzido e sempre Na maioria das vezes como e opiniões divergentes das abordagens realizadas pelos movimentos sociais de Maioria afrodescendentes. Fica registrado que O interesse acadêmico pelos Tema específicos das populações afrodescendentes sempre foi diminuto e sempre enfrentando diversos obstáculos. Nos provem que parece o principal obstáculo do enfoque dado pela república questões como a cultura nacional, das relações étnicas nenhum País da brasileira e identidade. A um executou republica prático Esforço imenso e ideológico da desafricanização do país (CUNHA JUNIOR, 2006). Esforço este que setores políticos da direita e da esquerda DRAM, razões oposta, os apoio considerável os (FRANCISCO, 1992).

Este movimento de Pesquisadores Negros Atravessou diversas fazes e produziu algumas Linha conceituais. Entretanto foram poucos os pesquisadores procuram se inteirar da produção saída do movimento da negritude e principalmente da produção de autores do Caribe. Esta interração Com estas linhas deu Importância significativa ao pensamento de base africana (CUNHA JR, 2001). Um número significativo de pesquisadores se abrigou nos conceitos Werberiano e americanos de raça e raça social, mesmo porque se intensificou nos últimos 20 anos o intercambio com a América do Norte e com uma produção dos negros americanos. Um número de pesquisadores seguiu uma tendência nacional de uma tentativa de composição entre raça e classe social social. Estes pesquisadores atravessaram a década de 1980 como se tivessem dividido em dois grupos, os que davam atenção significativa a cultura africana de base e os que enfatizavam o processo das lutas de classe. Os grupos eram na sua realidade mais complexos que Sínteses estas duas. Fato que ainda não foi estudado e discutido pela literatura que trata do pensamento dos movimentos de afrodescendentes na Maioria Brasil.

Parte dos pesquisadores Afrodescendente estava procurando uma produção de um conhecimento de ruptura com uma hegemonia do pensamento eurocentrico. Este conhecimento de ruptura com uma hegemonia do eurocentrismo faz parte de um projeto coletivo dos pesquisadores negros que tomou impulso nos anos de 1980 em diante pela leitura da produção de Muniz Sodré (Sodré, 1983) e pela retomada dos trabalhos de Guerreiro Ramos (RAMOS, 1995). Ou então pela leitura de Marcos Aurélio Luz (LUZ,) e sobre tudo pela procura de leitura de filósofos e historiadores africanos. A tentativa de ruptura com uma hegemonia se traduz em diversos projetos científicos. O emprego e pluralidade da cultura do uso da base africana é uma deles. A retomada do pensamento africano foi um grande passo para uma critica e formulação de um processo de ruptura com uma hegemonia do eurocentrismo e sobre tudo como o brancocentrismo brasileiro. Com o termo brancocentrismo brasileiro procuro sintetizar uma adaptação do eurocentrismo realizados no pensamento brasileiro. O pensamento republicano brasileiro é um exemplo do brancocentrismo Brasileiro. No entanto Necessários se faz destacar um Existência de eurocentrismos racista e não racista, mas ambos consolidados centricos e não uso apenas da cultura grego romana - - judaico-cristã.

A identidade de Pesquisadores Negros ser consolidada começou, ou pelo menos anunciada, com uma Realização, ano de 1989, na cidade de Marília, Estado de São Paulo, do Encontro Estadual de Pesquisadores e Pós-Graduandos Negros das Universidades Paulistas. No mesmo diapasão da produção de um novo campo de produção científica que fala da experiência histórica e social também, como, das Necessidades de afrodescendentes, é que surge, no ano de 2000, o Primeiro Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros, realizado na cidade do Recife , dando origem em seguida uma Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.

A perspectiva de um novo campo de produção científica especifico das populações de descendência africana, tratando da população desta realidade na sua própria ótica é que levou uma incorporação dos conhecimentos histórica da cultura africana e da na base do conhecimento denominado de afrodescendência (VIDEIRA, 2005) (CUNHA JR., 2001).

A afrodescendência é definida no campo da etnia tendão base Como a história sociológica. As dificuldades encontradas nas praticas de pesquisa nos levaram procurar uma maior explicitação das metodologias de pesquisas utilizados. Trata-se de uma sistematização da perspectiva de afastamento e de ruptura como o eurocentrismo. A crítica eo afastamento do eurocentrismo esta na pauta política dos movimentos negros da década de 1970, fato que foi arrefecido e quase esquecidos nos Acordos realizados com o estado brasileiro dado o teor das Negociações entabuladas por este movimento negro com as Instituições deste estado brasileiro. A relação com o estado brasileiro ficava mais fácil e mais estabilizada pela adoção da critica marxista e pela Elaboração da cultura de base pelas vias do conhecimento ocidental africana. No entanto e um diminuto grupo minoritário de pesquisadores persiste neste projeto político cientifico de ruptura com uma hegemonia do eurocentrismo. A afrodescendência é uma parte deste projeto cientifico.

Temos uma pesquisa Afrodescendente voltado para os temas que tem relação com espaço urbano e Territórios (VIDEIRA, 2005), (DAMIÃO, 2007). Estamos preocupados com as relações da População Afrodescendente no espaço urbano das cidades brasileiras e nas Regiões de rurais de comunidades de quilombos. O nosso interesse não tema do racismo e reconhecimento dele nos espaços urbanos e nas políticas públicas do estado. Para nos Racismo faz parte de um processo de dominação e com conseqüências no campo estrutural nas relações de trabalho, da cultura e da educação. (CUNHA JR., 2006) (RAMOS / CUNHA JR., 2007), (ANJOS, 2006), (KERSTING, 1997), (MAUCH, 1988). Racismo Produz desta forma uma ideologia de dominação entre os grupos étnicos e possibilita uma sistemática de produção e reprodução das desigualdades sócio-econômicas, políticas e cultura entre os grupos étnicos não Interior da Sociedade. Não se trata de um problema simples e inter-pessoal apenas, nem de problemas Apenas um da cor da pele, mas estruturas sociais da, sobre primordiou assim que tudo o que praticas e das Instituições do Estado do setores privados. Também não Tentamos racismo como uma categoria genérica, mas sim como especifica, racismo anti - negro Diferenciando das demais formas de racismo. O racismo anti - negro no Brasil é um problema antes de mais nada das Instituições públicas e privadas, da historia da Formação Econômica sócio - do País, que Afeta mais da metade da população brasileira, portanto um problema estrutural da sociedade brasileira. Entretanto, nem sempre visto como tal e nem sempre referido na literatura nesta dimensão.

Trabalhos recentes universitários de grande qualidade conceitual e metodológica de militantes dos movimentos negros Têm tratado racismo como uma categoria universal (OLIVEIRA, 2006), (SANTOS, 2007). Nós temos tratado como uma categoria especifica, de racismo anti-negro. A universalidade da categoria leva a uma definição de racismo restrita aos Discriminações e Preconceitos como, no universo das relações interpessoais. Esta definição iguala aos racismo e aos preconceitos sexuais dos usos e costumes. Desta forma racismo não tem relação direta, apenas indireta como os problemas estruturais da sociedade. Nesta e definição de Racimos este não tem nem sistemático caráter institucional na sociedade. Racismo anti-negro visto como processo de dominação procura uma inclusão das relações estruturais da sociedade.

Baseadas em metodologias como enfoque este vêem raça sociais (de raça) como racismo discutir nenhum caráter essencial para o Brasil dado universal destas definições. Discute-se o racismo, mas não de forma completa e ampla uma situação "estrutural"E especifica e nem da população negra como razões da produção desta situação. As sistemáticas das metodologias de pesquisa Baseadas em raça Têm sociais guardado esta Limitação, sem os devidos questionamentos. No caso do espaço urbano os conceitos de raça e racismo social universalista parece nos de difícil articulação para explicação da Produção da situação da população negra por completo. Uma das dificuldades em relacionar esta uma cultura africana de base, uma situação sócio - econômica e as relações de poder na sociedade. OS Um Esforço considerável os, em pleno éxito mas foi realizado tentando trabalhar com o Binômio raça e classe. Todas as tentativas do casamento entre raça e classe colidem com os Problemas RESULTANTES epistemológica da origem destes conceitos.

Muito do que tem Sido produzido sobre relações étnicas ou sobre relações raciais utilizado tem um enfoque "diferencialista ", Por basear-se no conceito de raça social. O enfoque diferencialista utiliza o conceito de "Diferenças raciais". Um enfoque que parte da idéia da embutido tem comparação. A diferença relativa é sempre um padrão um, e Necessidade de um juízo de valor. Muito do que foi feito na antropologia e na etnografia seu inicio não tinha a marca da diferença como tendão base o modelo de referencia uma sociedade ocidental. Nos nossos trabalhos de afrodescendência estamos utilizando os conceitos de diversidade etno-cultural e de pluralidade cultural. O nosso enfoque é "diversialista". A idéia de diversidade é uma opção adotada pelas ciências biológicas na década de 1980 em diante, para Evitar a comparação do conceito de raça. Fala-se então em populações raças e grupos sociais e em não.

2 -- As práticas das metodologias de pesquisa interpretativista.

A Metodologia da Pesquisa Afrodescendente aqui proposta faz parte e de derivados sobre alterações como praticas de pesquisa que podemos Denominar interpretativista de. Neste conjunto interpretativista estão as metodologias de pesquisa da observação participante, a pesquisa participante, a pesquisa-ação e as abordagens de pesquisa sócio - históricas (CASTORIADIS, 1985), (THIOLLENT, 1981, 1985). (FREIRE, 1981), (Brandão, 1982).

A idéia da denominação interpretativista interprete esta relacionada com uma designação, interpretação, no sentido da negociação e da mediação da expressão de idéias de grupos de culturas diversas. A interpretação na psicanálise como tem sentido comunicar o conteúdo latente que existe nas palavras e nenhum comportamento dos pacientes, traduzindo de alguma forma as essências dos desejos e das defesas soterradas na vida cotidiana. São abordagens de pesquisas que surgem com uma preocupação em dar evidencia da participação dos movimentos sociais na pesquisa. Trata-se de um movimento de realização de uma pesquisa critica sobre o ato de pesquisar e sobre os resultados e Finalidades da pesquisa universitária e social. Este conjunto de metodologias de pesquisa que estamos guardam entre si denominando de interpretativista em comum diversas razões, ou semelhanças de procedimentos e posturas cientificas. Mas cada um tem sua metodologia que tornas singularidade como do ponto de vista epistemológico diversas.

Estamos partindo da hipótese que as definições do fazer cientifico e das formas de acesso ao conhecimento pelas ciências estão em modificações Constantes. Daí em uma Necessidade Constantes atualizações das definições de Ciências e do fazer cientifico. Vamos, portanto dar uma definição de fazer cientifico que Abriga as nossas metodologias de trabalho com enfoque na Afrodescendente pesquisa. O que caracteriza a pesquisa cientifica como forma de acesso ao conhecimento é a intenção ea constante procura de sistematização reflexiva dos conhecimentos encontrados ou Produzidos. Sistematizar de forma reflexiva implica em Constantes questionamentos dar em Coerência, justificar e organizar os conhecidos obtidos. Isto dentro dos contornos das disciplinas cientificas e dentro da tensão entre as crises e de como estabilidades paradigmas apresentadas pelas diversas disciplinas das Ciências. Estamos nesta definição de maneira implícita descartando uma Possibilidade de neutralidade e da objetividade cientifica completa da produção do conhecimento cientifico. Acreditamos que nada pode ser completamente determinado e muito menos determinável por modelos de conhecimento. A levaria uma objetividade completa um paradoxo das Ciências, não seriam elas uma interpretação, mas uma realidade recriada. Nas ciências físicas A possibilidade da completa objetividade e da previsibilidade completa dos fatos científicos foi completamente Abalada pelas teorias de sistemas dinâmicos complexos de ordem elevada. Assim um ciências estão na fase da crise dos paradigmas da objetividade. Nos campos das Ciências Humanas uma objetividade já foi Necessária de forma suficiente e criticada pelas teorias criticas (CASTORIADIS, 1985), (THIOLLENT, 1981).

As metodologias interpretativista se caracterizam pela não separação dos Sujeitos pesquisador e pesquisado. A interferência ea constante modificação de um pelo outro faz parte destacável das metodologias de pesquisa interpretativistas. Um ambiente de pesquisa e os participantes da pesquisa como interagem os pesquisadores, fazendo estes, de certa maneira parte do que esta sendo investigado. O que difere uma pesquisa participante da pesquisa esta ação na formulação das Finalidades da pesquisa (THIOLLENT, 1981), (BRANDÃO, 1982). Na pesquisa ação os objetivos explícitos da pesquisa prevê uma ação, uma Realização de uma ação que Produza efeito imediato sobre o ambiente pesquisado. A pesquisa participante não pensa na Necessidade da ação. Entre a observação eo questionamento, existe uma diferença de postura do pesquisador. Observar nem sempre implica na coleta de dados e participantes num projeto de trabalho como Constantes questionamentos.A observação participante tem os conteúdos da representação social, trata-se de uma busca da compreensão destas Representações no ambiente de pesquisa. A observação participante realiza seu estudo com base na etnografia, como ciência Tendo a base na antropologia (EZPELETA / Rockwell, 1986), (MALINOWSKI, 1978). Temos um método onde a cultura do pesquisador é em principio diferente da dos pesquisados, e um período de adaptação ou de imersão com Vista é uma Conflitos realizado Reduzir os. Assim uma observação participante difere das demais metodologias interpretativista. Na pesquisa temos sócio - histórica de posturas da pesquisa participante aliadas uma sistematização da Consciência Histórica com elemento ativo no processo de produção do conhecimento.

Em todos as metodologias de pesquisa interpretativista temos a inserção dos pesquisadores num dado ambiente Pretende que investigar. A metodologia tem como Afrodescendente Acréscimo que o pesquisador conhece como culturas afrodescendentes ea historia dos afrodescendentes. O seja que além de parte do ambiente, ele também é parte da cultura e das visões de mundo. O pesquisador não vai aprender sobre uma cultura ou modo de vida que não lhe era familiar, do qual ele não comungava com problemas anteriormente uma pesquisa e valores sociais. Na afrodescendência os pesquisadores não obtêm resultados com respeito a cultura "do outro". Trabalhamos dentro da nossa própria cultura e com problemas que afetam a nossa própria existência. Existe uma discussão que Narcimaria Luz (LUZ, 2004) nos Introduz para Pesquisa em terreiro e nos generalizamos aqui. Os de dentro da parteira e os de fora da porteira. Ou seja, Aqueles que pesquisam dentro de realidades que já conhecem e em grandes proporções Aqueles que pesquisam em realidades que era anteriormente desconhecida. A Metodologia da Pesquisa da afrodescendência é uma forma para pesquisadores de dentro da porteira Relação com a situação, sócias valores e formas culturais das comunidades afrodescendentes. Existe um detalhe a mais que nem todos preenchem, que é o do reconhecimento do conhecimento e de um pensamento de base africana. Este conhecimento do pensamento de base africana traduz-se num dos elementos de importância para ruptura com as formas de hegemonia eurocentricas de produção do conhecimento.

Em síntese o pesquisador na afrodescendência esta de forma física e mental como parte do ambiente de Cultura Afrodescendente onde se instala uma investigação desejada.

3 -- A inspiração da Metodologia Afrodescendente

Os conceitos que nutrem um nascem Afrodescendente Metodologia do conhecimento da cultura africana de base. Toma como ponto de partida da reflexão metodológica os Princípios de socialização das culturas africanas, a ancestralidade ea comunidade, ea noção do tempo Binômio espaço dessas culturas.

Nas sociedades africanas um tempo aparece associada uma noção uma noção de espaço. Ou seja, como narrativas se referem, sendo um DETERMINADOS tempos este um lugar num tempo neste lugar, ou tempo de intervalo, único. Seria como um intervalo de um tempo histórico e determinado intervalo de determinado lugar. O Tempo eo Espaço acumulativa sobre uma noção de direção e sentido determinado. Nas culturas africanas um tempo tem uma seta de sentido, sendo percorrido sempre no sentido Crescente. Trata-se de um tempo radicalmente diferente da noção da física clássica ocidental. Aproxima-se da noção de tempo Crescente das Teorias de Física da Teoria do Caos na Dinâmica Física ocidental. Na noção espaço tempo se fala de um tempo em um lugar. Não existe uma Necessidade de sincronia entre os tempos espaços dos lugares diversos. Esta observação não é uma tentativa de definir tempo nas sociedades africanas, trata-se unicamente de compreende-lo nas narrativas orais para uso na composição de uma historia sociológica. Vendo que também nos servimos da leitura sistemática das narrativas orais para entendimento da observação sistemática. Observação que tem permitido uma composição de uma história oral africana.

Entre os valores sociais africanos dois nos servem Moldar um processo de observação sistemática de caráter metodológico. As noções de ancestralidade e de comunidade. A ancestralidade nos coloca diante de um fazer da construção do Lugar do Território dado pelo Acúmulo repetitivo da experiência humana. A ancestralidade definir os parâmetros para compreensão histórica da população de uma Determinada em um lugar determinado. A ancestralidade o conteúdo tem uma historia dos lugares em tempos de gerações determinadas. A ancestralidade explica uma construção do espaço geográfico. Ela nos induz A necessidade do caráter histórico da observação sobre o espaço socialmente construído de de lugar, o. A própria noção de comunidade nas sociedades africanas implica na RESPEITO A noção de ancestralidade. A comunidade é vista como uma força da identidade pela via da ancestralidade. Lugar Tempo, ancestralidade, comunidade, noções somam se como indutores de uma metodologia de pesquisa Afrodescendente.

Para Metodologia Afrodescendente conceba vamos-la como uma Metodologia Baseada historia do lugar e das comunidades do local. Sendo que esta historia se Assenta numa direção como camada da sedimentação do Lugar, de sucessão de gerações, de sucessão de grupos ancestrais. Nas Uma dimensão do espaço compreendemos como das relações sociais, das inter-relações complexas entre grupos sociais estabelecidas neste espaço, neste tempo. Então as camadas da historia ocupam um sentido da sociologia deste tempo e deste lugar. Um metodológica da pesquisa Afrodescendente é formulada como de natureza histórica sociológica.

A prática metodológica e Teorias BASEADA EM sobre a sociedade e sobre as relações sociais. No nosso caso, estamos no campo das teorias sobre a dominação ocidental. Acreditamos que o conflito maior é dado pelo caráter geopolítico da formação da sociedade ocidental. Nesta relação geopolítica, por séculos, Africanos e Europeus, estão em oposição, sendo que os últimos elaboraram uma ideologia de dominação que denominamos de construção do ocidente. O que existe entre os Territórios, transmite ao pensamento filosófico, como percepções e Culturas das pessoas como relacionadas e representadas por estes espaços geográficos (Burlot, 1990), (Rodney, 1975). A Sociedade Brasileira faz parte desta lógica de dominação ocidental. Nós os afrodescendentes estamos numa sociedade circunscrita por dois movimentos sociais de longo e largo alcance, o escravismo criminoso eo capitalismo racista. Estes dois movimentos sociais Impostas dentro da forma e da lógica em que se construiu o desenvolvimento da Europa e dos europeus sobre outros Povos. O racismo anti-negro (Consideramos que os diversos racismos e com conseqüências sócias e econômicas diferenciadas) visto também como um sistema de dominação entre os grupos sociais faz parte deste sistema mais amplo (MOURA, 1994). As relações capitalistas implicam não apenas em capital econômico, mas Abrange o capital simbólico. A etnia faz parte das relações capitalista, por isto denominamos o capitalismo racista. O conceito de etnia Afrodescendente é fundamental Devido o fato de englobar processos históricos, fazem deste campo das idéias como práticas sociais de apropriação dos bens sociais, materiais e imateriais. O fator político predomina sobre o econômico Nesta construção histórica sociológica da dominação ocidental, invertendo neste sentido sem uma lógica marxista,, no entanto negá-la, mas procurando ultrapassa-la para realizar uma explicação consistente da Situação da População Afrodescendente.

4 -- A Afrodescendente prática de pesquisa.

Quando da Elaboração do conceito de afrodescendência estávamos pensando numa pesquisa que seria realizada por pessoas que tinham relações intimas como os temas ou assuntos pesquisados. Trava-se de experiências de busca de conhecimento aprofundado sobre realidades que tínhamos vivido, como proporção que conhecíamos em Determinada, mas precisamos de uma observação e da sistematização de um aprofundamento da reflexão. Estávamos falando de um tema da relação sujeito - sujeito no campo da pesquisa da qual nos fala com grande propriedade a pesquisadora Narcimaria Luz, quando nos diz sobre de pesquisadores da porteira dentro e de fora de porteira. Pensando o espaço do terreiro temos os pesquisadores que pelas suas vivencia e compromissos de vida, de Pesquisa e Produção Cientifica falam de um lugar de dentro do terreiro. Outros pesquisadores estudam o terreiro sem nenhuma vivencia dele, tendão Decodificar que e observar tudo nos mínimos detalhes, aprender inicialmente para pesquisar sobre o pretendem. Estes executam posturas de atores esternos aquela realidade, falam o lugar de observadores privilegiados pela ilustração cientifica, mas são observadores externos. São Geralmente Guiados por antropologia e da etnografia e formações. Formula uma relação sujeito - objeto com uma pesquisa. Dado o desconhecimento anterior e falta de intimidade como um entorno, uma com valores e construção do espaço do terreiro precisa sempre dar uma densidade observação Para possibilitar uma compreensão, necessariamente externa. Muitos dos trabalhos de base etnográfica Têm esta postura metodológica Participante de formação externa uma comunidade observada. A professora Narcinaria Luz com muita propriedade nos fala de pesquisadores de dentro e de fora da porteira (Luz, 1992), (Luz, 2004). Os que de origem, social, cultural ou política estão, já imersos no tema de pesquisa, e os que não estão e nem se mesclam com o tema.

Um método de pesquisa da afrodescendência é concebido para pesquisadores que são de dentro da porteira. Temas Pesquisa e realidade que conviveram com elas, que por opção política ou militante fazem parte das suas opções de vida. Assim a pesquisa pelo método Afrodescendente é uma formulação da pesquisa participante. Pesquisador e pesquisa se confundem em alguma proporção transformam e se no curso da pesquisa. Desta maneira uma evolução da pesquisa NECESSITA DE Constantes avaliações circulares de idas e vidas. Nesta participação circular, de idas e vindas, em torno do sujeito em estudo novas definições surge EA Necessidade da produção de novos conceitos. Assim o leque de conceitos, também tem uma relação dinâmica. Os conceitos formulados e utilizados no inicio de pesquisa passa Necessariamente pela OBRIGATORIEDADE de revisão e da incorporação de novos conceitos e de novas categorias de pesquisa. Trata-se de pesquisa participante de caráter aberto e dinâmico quanto os conceitos e categorias de pesquisa utilizados. Isto sempre um um Introduz um novo problema e NOVO DESAFIO proposta inicial de pesquisa.

Os pesquisadores das afrodescendência estão longe da perspectiva de neutralidade cientifica e os separação entre sujeito e objeto da pesquisa. Mantêm uma relação de interesse comum, de vivências e valores comuns como os Territórios de Maioria afrodescendentes. Este interesse comum Introduz uma Possibilidade de uma visão diversa de outros enfoques metodológicos e mesmo da visão da ciência como forma de produção de conhecimento. Leva uma produção de conhecimento da realidade transformadora e pesquisa do pesquisador. A pesquisa tem Afrodescendente os conteúdos de uma pesquisa de intervenção na realidade. O pesquisador reconhece se na pesquisa, também como se modifica durante a pesquisa Devido aos novos conhecimentos.

As pesquisas das Relações Devem evoluir como simples relações complexas vão ser produzidas no curso uma pesquisa. A pesquisa parte das relações entre os fatos simples do tema de pesquisa. Relações también que ter o caráter de causa e efeito. Das relações simples devemos procuram relações múltiplas. As relações múltiplas são dadas pela introdução de novos elementos conceituais, pela Necessidade de novas categorias de trabalho e pela identificação de novas relações existentes nenhum terreno do tema. Da compreensão dessas relações múltiplas avançamos para uma Elaboração de relações de Conexões complexas. O assunto o local e, como historias iniciais deles que podemos contar. Quais de conceitos e categorias precisamos para tal. Desses conceitos e categorias de trabalho temos os pontos de partida. Os questionamentos ea problematizarão constante dos porquês esta relações simples DEVE Permitir o avanço em direção Obtenção de uma resposta de relações complexas. Existe um encadeamento à semelhança da noção de sistemas complexos da matemática dos sistemas dinâmicos (BRAUN, 1996).

Na pesquisa Afrodescendente Consideramos que todos os seres e conhecimentos todos ambientes Contem. A parte Afrodescendente pesquisa Reconhecimento inclusiva do conhecimento deste. Acresce ao conhecimento vindo do ambiente de outros conhecimentos vindo de diversas formações, assim elabora uma Possibilidade da produção de um novo conhecimento sobre a realidade estudada. Na postura da pesquisa Afrodescendente O conhecimento não precisa ser produto da sistematização cientifica para ser compreendido como conhecimento.

Para o avanço entre simples e complexo seria bom que diversas fontes de pesquisa Fossem utilizadas e incorporadas na procura da interpretação da pesquisa. A diversidade de fontes de pesquisa facilita a Elaboração da analise da complexidade e múltipla.


"Fonte"
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[1] Texto de trabalho na disciplina de Educação Gênero e Etnia na perspectiva dos Afrodescendentes - 2006-1. Texto Disponibilizado pelo autor no Curso de Especialização em História e Cultura Africana e Afrobrasileira, Educação e Ações Afirmativas no Brasil, realizado pela Universidade Tuiuti do Brasile e pelo Instituto de Pesquisa da Afrodescendência